quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Upside down

A minha vida inteira está de ponta cabeça e eu não sei o que fazer.
Se eu fosse um morcego ao menos conseguiria mudar de eixo mais rápido e me adequar, mas como eu não sou...
Assim que tudo voltar ao eixo normal, volto a falar com vocês.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Furacão de mim mesma






Estou no meio de um furacão. Onde tudo o que sou e represento é jogado de um lado para o outro na minha cabeça, junto ao lixo que voa ao redor. Lixo esse, que entra na minha cabeça formado por informações demais, conversas demais, sentimentos demais, momentos demais, acontecimentos demais, coisas demais...
Minhas idéias mais brilhantes, pensamentos mais profundos e sentimentos verdadeiros começam a se jogar de um lado para o outro sem conseguir parar. O vento da confusão não os deixa parar.
E como num clássico furacão você não tem onde se segurar.
Por mais que você esperneie, grite, tente se segurar ou pedir ajuda, não há ninguém que consiga entender, não há ninguém para te segurar ou fazer parar o vento que sopra dentro de você.
O vento sopra as pessoas para longe de você. Elas voam pra longe do furacão. Tudo isso por que elas não entendem que num furacão o vento só sopra no vértice. No centro. No centro do furacão você está sozinho. Sozinho com você mesmo.
O vento uma hora pára, mas não tem hora para parar.
E as pessoas voam...cada vez mais pra longe de mim.
Se eu pudesse morrer no vento, morreria numa segunda-feira. Um dia comum, sem nada demais, sem chuva, sem sol, sem graça, sem acontecimentos, sem vida, sem confusão.
As pessoas não morrem as segundas-feiras, elas estão ocupadas demais pra isso. Ocupadas com suas próprias brisas.
Nunca ganhei flores. Talvez porque o meu vento seja forte demais para manter alguém disposto a ficar perto para me entregá-las. Talvez porque as flores ficariam sem pétalas.
Quanto o vento parar em uma segunda-feira, quem sabe, ganharei flores pela primeira vez.